sábado, 5 de março de 2022

Poema da Conjugação

 De Clóvis de Almeida

No presente do indicativo
Falo logo e não me calo
No caso do verbo falar
Pode deixar que eu falo

Já no pretérito imperfeito
Há muito que eu cantava
Para guardar na memória
Comigo mesmo eu falava

No pretérito perfeito
Escrevi e até cantei
Para chegar bem pertinho
No seu ouvido eu falei

Pretérito mais perfeitinho
No passado eu cantara
Por isso é que eu lembro
No mais que perfeito eu falara

Lá no futuro do presente
Para todos cantarei
Mas se preferes que eu fale
Para ti eu falarei

O futuro do pretérito
Se soubesse eu cantaria
E os segredos escondidos
Pra você eu falaria

O Presente do subjuntivo
Não quer que eu me cale
Ele pede no meu ouvido
Que para você eu fale

Mas no pretérito imperfeito
O certo é que eu cantasse
Mas isso é no subjuntivo
O bom é que eu falasse

Futuro do tal subjuntivo
Não penses em me calar
Quando tenho objetivo
Abro a boca e vou falar

Tem um tal de imperativo
Afirmativo amigo meu
Pra falar é diferente
Mas agora fala Eu

O Imperativo Negativo
Manda que não se cales
Vai logo dando as ordens
Não me digas e não me fales

Infinitivo Pessoal
Pergunta se eu me calar
Tem sempre um SE na frente
Pra lembrar SE eu falar

O infinitivo Impessoal
É sozinho pra falar
Só tem uma forma de pessoa
E se conjuga sem calar

O Gerúndio é meio chato
Até mesmo se calando
Termina do mesmo jeito
Quando a gente está falando

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