O mundo se moderniza e as pessoas buscam seus direitos como ser humano de direito, a cada dia mais. Se por um lado é proteção, por outro é fruto da própria civilização que procura avançar como ser inteligente. Com isso, cresce a redoma onde residem os direitos humanos, que protegem também bandidos, em razão de que eles também são gente, embora há casos em que essa informação é carregada de muitas dúvidas.
Dentro desses direitos, um bastante recente é a proteção contra a gozação, nome antigo que foi substituído pela americanização no pomposo nome de “bullying”.
O Google explica que bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.
Os quarentões ou de mais idade sabem muito bem o que significa o termo, sem ter conhecido o nome antes. Começava com um simples puxão de orelhas em casa, que se estendia na escola, passava por uma “coça” da mãe, uma surra do pai e umas pancadas de palmatória nas mãos, dada pela professora. Nas ruas e nos corredores do colégio, cabeção era só apelido pequeno e porradas de colegas não eram entendidas, nem de longe, como um gerador de problemas psicológicos, assim como também não era o castigo do professor que colocava o aluno ajoelhado sobre caroços de milho, em frente aos colegas da sala. Tudo era tido como corretivo.
Levando em consideração os modernos diagnósticos de efeitos do bullying, os mais velhos são todos vítimas em potencial e deveriam ser considerados doentes psicológicos, diante de tantos “abusos” sofridos, principalmente por parte dos pais, que não toleravam as “birras” de crianças que gritavam e batiam o pé para não tomar banho.
Antigamente, quando o filho não queria comer, ir para a escola ou jogava coisas no chão, a “conversa” era uma chinelada na bunda, um minuto de choradeira e tudo ficava por isso mesmo. Hoje, para que uma criança pare de abusar da paciência lógica, são precisos horas e horas de conversa, promessa de levar ao pula-pula, sorvete de chocolate e outras propinas. Olha onde viemos parar: na propina!
Descobrimos a origem da propina: em casa!
Exageros à parte, não há como dizer que a troca de benesses com a calma da criança não seja suborno, assim como não se nega que a punição é castigo. Ora, e o que se faz com quem pratica o crime, quando adulto, se não é castigo?
Assim sendo, castigar com moderação não pode ser errado. Não se pode fazer do “anti bullying”, um escudo, uma blindagem para proteger a criação de corruptos, safados, bandidos, ladrões e uma infindável legião de criminosos, protegidos do que poderia ser limites na infância e adolescência.
Hoje, já se ensina crianças a dizerem aos pais “estou com medo de você”, quando se sentirem ameaçadas. Essa ameaça pode ser apenas um olhar de desaprovação por um ato rebelde. Com essa frase, eles, os pequenos, se sentem protegidos para atirar um copo no chão sem sofrer pena alguma. Aprendem até que podem chamar o Conselho Tutelar se a coisa engrossar pros lados dela. Com isso, adquirem um escudo e sabem que vão ouvir, no máximo, que, se não fizerem mais o ato, vão ganhar uma bicicleta no Natal.
Coitado do Papai Noel, está tendo que aprender a dar presentes também para pequenos delinquentes, futuros bárbaros que nos levarão de volta às origens vikings. É esse mesmo progresso que vai limitar o nascimento de novas crianças e o surgimento de bebês programados, nascidos em provetas com funções definidas, como robozinhos, desprovidos de qualquer ação rebelde. Esperem para ver.
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