sábado, 5 de março de 2022

Hoje, como ontem, tudo igual

 Passa ano e entra ano e tudo continua a mesma coisa nos noticiários da televisão nacional. São as mesmas notícias em todos os canais, com pequenas variações que não representam praticamente nada, onde quem assiste a um, já viu a todos.

As informações internacionais são enviadas, parece, por uma mesma agência e os enviados, parece, vão aos mesmos lugares.

Essa xaropada acontece todos os dias, dá até para adivinhar.

Os espaços que as redes de televisão dão às emissoras afiliadas do interior é muito pequeno, enquanto muita besteira é injetada em rede nacional, deixando nítido que muitas vezes enchem linguiça com qualquer besteira que ajude a preencher o tempo do noticiário que cobram caro por ser transmitido para todo o país.

Isso tudo acontece porque o brasileiro é passivo e não seletivo. Basta ver numa sala de espera qualquer, onde há um televisor para distrair as pessoas que esperam ser atendidas. Ninguém pede para mudar de canal, seja qual for a porcaria que estiver passando na tela. O pior é que, quem liga a tv e escolhe o que vai ficar ligado é quase sempre uma secretária que fica de costas para a tela e não está nem aí para o que se passa nela. Mesmo que a programação esteja incomodando, ninguém fala nada, porque os demais estão fazendo cara de que estão gostando, ou que não estão prestando atenção.

Deveríamos reclamar, pedindo para mudar de canal, se a maioria concordar. Se todos decidirem para desligar o aparelho, que desliguem, afinal, atender ao pedido dos clientes é o mesmo que fazer a gentileza de oferecer uma televisão ligada em uma droga de canal qualquer.

Agradar gregos e baianos é muito difícil, todo mundo sabe. Mas já passou da hora de muita lanchonete e restaurante se acordarem para os aparelhos de tv ligados em futebol ou novela, como se todo mundo gostasse desses tipos de programação. A melhor solução, segundo uma pesquisa realizada em Londrina, é a exibição de clips musicais, ou show ao vivo, com uma variação de estilos, para tentar agradar a todos com pelo menos uma música. O que não dá é para se sentar a uma mesa é comer tendo que ver e ouvir um capítulo inteiro de uma novela que não acompanha, ou ter que ouvir intermináveis lances de futebol quando isso lhe é uma chatice só. Na mesa ao lado, as pessoas fingem que não estão se incomodando com a droga da televisão ligada, mas é possível que estão pensando o mesmo que você. Então, chamem o garçom e gentilmente peça: não tem outra coisa? Se alguém se incomodar, corra, porque pode dar briga se for uma novela ou futebol.

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