Volta e meia, o assunto é desemprego, ou, meia volta, e volta-se a falar em desempregados. É o Brasil de ontem que se repete sempre, batendo a mesma tecla e tocando o mesmo sino. Enquanto duzentos completam uma nova lista de velhos e novos ladrões, duzentos milhões assistem boquiabertos o anunciar de como eles se locupletam com benesses ganhas para fazer algo errado, onde o prejuízo do país fica como se fosse uma bobagem qualquer, um detalhe em terra de cego, onde o mundo é dos espertos, porque quem tem um olho é rei. Um mundo de bandidos, desde os tempos de Tomé de Souza, o primeiro governador do Brasil, que trouxe com ele 400 vagabundos, saídos das prisões de Portugal, uma leva de “seletos” senhores e senhoras, com profissões antigas, tais como ladrões, tarados, prostitutas, corruptos e corruptores. Dizem que um erro de grafia exagerou nesse número ou que o documento que registra a chegada de tão ilustres ancestrais teve um borrão em cima do número 40. Mas, é mais certo que tenham sido mesmo 400, que, regados com nossas maravilhosas chuvas, atingiram o montante de safados que temos hoje, num crescente de fazer inveja aos campeões de proliferação, os coelhos.
Mas, em meio à falta de empregos, temos tido boas notícias por parte do SINE. Ultimante,
estão precisando de gente. Porém, a velha ladainha: falta profissionais
preparados e quem mais aparece são aqueles que “fazem qualquer coisa”, só que
na hora da onça beber água, não sabem fazer nada, infelizmente, apesar de ao
redor estar cheio de cursos profissionalizantes, muitos deles de graça.
Para se ter uma ideia, uma das vagas é para vendedor pracista com experiência
em vendas e conhecimento em informática básica. Outra é para trabalhador
agrícola na função de maquinista, com experiência especialmente com
colheitadeira. Precisa-se também de consultor de vendas para atuar em comércio
externo de materiais para construção, mas que tenha conhecimentos da área.
Procura-se oficial de serviços gerais com experiência em prensa. As vagas mais
simples também requerem predicados: criador de cavalo de raça, para trabalhar e
cuidar da chácara e dos animais. Se não entender de cavalo, já era. Uma das vagas mais procuradas está à
disposição: família para morar em sítio. Mas, porém, portanto, é preciso que o
homem tenha experiência com maquinários de colheita. Se não sabe lidar com elas,
esquece a vaga.
Vovó dizia há 60 anos: estuda, meu filho, lá na frente, até para ser burro você
vai precisar estudar.
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