terça-feira, 21 de novembro de 2023

Quer ganhar dinheiro fácil?

Se você não procura dinheiro fácil, não leia este texto - (veja o texto em vídeo, logo abaixo)

Você quer ganhar dinheiro fácil? Muita gente procura  formas de ganhar dinheiro fácil.

É que a vida anda difícil pra quase todo mundo. Principalmente pra quem não tem dinheiro ou não ganha o suficiente para cobrir o que gasta.

Aí você vê uma proposta tentadora numa propaganda, num anúncio, numa postagem de uma rede social, lhe oferecendo a oportunidade de ganhar dinheiro fácil. É tudo o que todo mundo gostaria de achar: a galinha dos ovos de ouro!

Você rola o aplicativo do Facebook, do Instagram de uma outra rede social ou abre o Youtube e está lá: um sujeito com “cara” de “um cara” comum, na frente de uma mansão com piscina, ou encostado num carrão milionário, botando banca de rico. Ou melhor, fazendo pose de pobre que ficou rico.

E vocÊeee, acreditando que ele fala a verdade, ou pagando pra ver, continua assistindo um rosário de coisas bacanas que o sujeito conta. A história de um miserável que ficou milionário e que quer que você também saia da pobreza.

Resumindo: ele tem uma receita, ele quer te mostrar o pulo do gato pra você ficar milionário igual a ele. Olha só como ele é bonzinho!

E você acredita. E vai até o final do vídeo. Aí você clica no link que ele manda. Em seguida você compra o grande segredo que ele se compromete a passar pra você. Mas, por que será que ele não continua ganhando dinheiro em segredo, só ele. Não! Voce prefere acreditar que ele quer dividir o sucesso dele com você! Afinal, ele é é um abençoado, filho de Deus, bom samaritano...

Mas, será que, ao contrário disso, ele não seria o próprio cramulhão, tinhoso, lúcifer, canhoto, cão-tinhoso, chifrudo, demônio, capeta, assistente do diabo?

É que, vestido de ovelha, o cara que promete mundos e fundos, almoço de graça, pode não ser uma ovelha, mas o próprio lobo.

Já ouviu falar de almoço de graça? Não existe. Sempre tem uma cobrança que você não percebe ou só vê depois de ter almoçado.

Prosseguindo. Você acredita no conselho do dinheiro fácil, ou daqul servicinho pra  fazer na internet trabalhando só uma hora por dia para ganhar em dólares. Vai com tudo, investe no sonho e gasta aquele dinheirinho que estava guardado como reserva, porque você acredita em dias melhores. Afinal, é preciso ter esperança. É preciso investir em você mesmo! Não é?

Mas, para sua tristeza, em poucos dias você descobre que caiu num golpe. O cara lhe convenceu a comprar o conto do vigário, uma bobagem bem montada para lhe enganar.

O sujeito que tomou o seu dinheiro pode estar mesmo rico, tomando champanhe e comparando carrões à suas custas e de outros que caíram na mesma lábia. Sabe como? Não foi usando o projeto que ele lhe vendeu, mas dando golpes com uma mentira que pra você seria o caminho de ficar milionário.

Sabe por que ele conseguiu lhe enganar? Por dois motivos:

01 – Ele é um estelionatário, bandido que deveria estar preso.

02 – Você foi motivada pela ganância, pela aparência da possibilidade de ganhar dinheiro fácil. Porque deveria estar careca de saber que nada é tão simples e tão fácil.

A não ser que você não saiba mesmo que nada nesse mundo é de graça, a não ser o amor de Deus.

Você conhece o velho ditado, que afirma que:

Quando a esmola é demais até o santo desconfia!

Mas, eu sei que é difícil a gente parar para pensar quando se está necessitando de uma luz no fim do túnel. Principalmente quando estamos desempregados, com contas para pagar e filhos chorando de fome.

Eu já passei por situações assim. Já levei lambada, mas aprendi.

Aprendi que não se deve acreditar em promessas de dinheiro fácil. Simplesmente porque não existe fórmula de se ganhar dinheiro sem algum grau de dificuldade. Sem trabalho, sem uma ideia genial. Mas para se ter uma ideia genial é preciso trabalhar. A não ser que seja uma ideia para enganar os outros. Esse tipo é mais fácil, mas isso não é ideia genial, é demonial!

Se ganhar um prêmio de loteria é diferente. Mas isso é para os nascidos com a bunda pra lua. Não creio que seja seu caso, assim como não é o meu.

Há oportunidades em que ganhamos algo extra? Claro que sim! Mas quantas vezes na vida?

Não estou aqui falando das pessoas sortudas, se é que existe sorte e não destino. Estou falando de situações comuns, de pessoas comuns, como eu e você, igual aos outros mais de 8 bilhões de pessoas existentes no mundo. Tem ideia do que isso? É o número oito seguido de nove zeros (8.000.000.000). O que representa a população da cidade de São Paulo 667 vezes.

Por que as pessoas são levadas a cair em golpes? Estamos vivendo num imediatismo que nos deixa apreensivo pela por menor que seja a demora. A gente quer tudo para ontem.

Por isso, pessoas vão em busca de resolver seus problemas com soluções práticas e rápidas.

É nessa hora que caem nos golpes da coisa fácil. Do dinheiro muito fácil.

Mas aí, elas não vão encontrar a solução rápida de seus problemas, muito menos dinheiro fácil.

A natureza nos ensina que tudo tem um custo e que nada é simples e fácil. Para uma planta germinar é necessário que, primeiro, se tenha a semente. Depois, é preciso plantar esta semente. É necessário regar, porque pode não chover. É preciso paciência até que a nasça. Mas, para acontecer a germinação, a semente precisa morrer. Se a semente não morrer, não haverá germinação. Na selva, para um animal sobreviver, é necessário que outros lhe sirvam de alimento.  Para a alimentação do ser humano, animais são mortos. Lavoisier, o químico francês, provou que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

------ Há um ditado russo que diz: “O único lugar que se encontra queijo de graça é em uma ratoeira”. Mas não é verdade. Neste caso, o preço do queijo é a vida do rato. Assim, tudo tem seu preço e nada é de graça. Nem mesmo o ar que você respira é de graça.

Veja só, para respirar, seu pulmão tem que estar funcionando, e para que ele funcione todo o resto de seu organismo também tem que funcionar. E para que tudo isso funcione, seu corpo deve ser alimentado. Por fim, para se obter alimento, você pode produzi-lo ou comprá-lo. Para produzi-lo, tem que investir seu tempo e esforço (seu trabalho). Para comprá-lo, precisará do dinheiro.

----- Aí está o custo do ar que você respira, porque tudo tem um custo, nada é de graça.

Assim, repito, não existe dinheiro fácil. É preciso um projeto, um trabalho...

Pra terminar: também não existem bons samaritanos que distribuem receitas de riqueza fácil, porque o ser humano tem a tendência de não dividir riquezas com ninguém, a não ser com pessoas de sua convivência, e, assim mesmo, ele procura manter segredos dos grandes valores, por medo de que alguém lhe passe a perna.

Faça a seguinte pergunta a você mesmo(a): por que alguém que está ganhando milhões de dinheiro com algo na internet vai querer ensinar o caminho das pedras, ou seja, a receita de sucesso a você?

Pra você dividir espaços e lucros com ele? Claro que não!

Há! É como uma corrente, se eu ganhar ele também ganha. Bom, então isso é uma pirâmide. Vou falar disso antes de terminar...

Não existe nada neste mundo que não diminua quando a procura é grande, a não ser o amor de Deus.

Alguém que acha um poço de água no deserto vai ficar gritando para o deserto todo concorrer com a água dele? Uma pessoa que acha um pacote dinheiro, sem identificação de dono, grita na rua a fim de aparecer gente para dividir o achado?

A maioria dos anúncios de bons negócios não tem o alvo no sucesso do negócio anunciado, mas sim no número de pessoas interessada nele. Não vai dar certo o projeto da propaganda, mas o retorno de quem se interessar vai fazer a riqueza de quem anunciou.

Assim, os golpes mais simples tomam dinheiro com uma simples matrícula, passando pelo período de experiência falso e culminando com o velho golpe baseado no truque das pirâmides, onde os últimos, que são maioria, pagam o pato.

Muitas pessoas ainda acreditam que as pirâmides são uma saída para ganhar dinheiro.

Pirâmide não dá certo porque é, simplesmente, insustentável!

A Pirâmide precisa da constante entrada de pessoas para continuar rentável, porém esta entrada tende ao infinito, e uma hora ela acaba quebrando inevitavelmente, pois não haverá seres humanos suficientes no mundo para sustentá-la, e, quem estiver na base vai acabar levando o prejuízo.

Quer ver uma coisa: Vamos supor que seis amigos combinam começar um esquema de pirâmide, cada um convida 6 pessoas que lhe pagam 100 reais cada totalizando 3600 reais, eles dividem entre eles recebendo o montante de 600 reais cada um.

Os 36 devem convidar mais pessoas para poderem receber sua parte, e cada um consegue colocar mais 6 no esquema, o montante agora é de 21.600 reais, cada um dos 36 recebe 300 reais, e os 6 iniciais, recebem 1800 reais cada um. Até aqui, a pirâmide foi boa para todos não é? Mas agora vão ser necessárias 1296 pessoas para manter o esquema crescendo de maneira saudável, mas quais são as reais chances de ocorrer isso? Quase nulas, dificilmente uma pirâmide chega a ficar tão grande assim, o que geralmente ocorre neste momento é a fuga de quem já recebeu o dinheiro e o prejuízo de quem esta na base.

Pra terminar:

Ninguém anuncia que possui uma galinha que põe ovos de ouro.

O máximo que você terá é alguém lhe ensinado um curso por um preço mais barato, para lhe ensinar formas de buscar na internet um meio de ganhar dinheiro.

O que mais dá dinheiro é venda.

A maioria dos milagreiros da internet lhe propõem vender algum produto na internet. E o caminho de vendas é o que realmente funciona, se você quer trilhar os caminhos longe da pilantragem.

Venda, venda qualquer coisa. Calcinha, joias, sapato, serviço, bicicleta, carro, terreno, material de construção, roupa, conselho, amizade, minhocas, ideias, venda qualquer coisa... Se você for bom vendedor, boa vendedora, vai vender, sim. Se não for, vai se lascar, saber por que?

Por se meter em coisas que você não domina, porque vender não é para qualquer um que se aventura no ramo de uma hora pra outra. É preciso ter preparo. Muitas pessoas já nascem com facilidade de venda. Conheço pessoas que vendem até bosta seca. Mas tiveram dificuldades no início, mesmo com o dom para negociar.

Quer vender? Quer aprender como se vende? Estude, faça cursos, aprimore-se, mas não queira se aventurar em águas que você não conhece.

O cara que você viu no Face ou no Insta garantiu que você vai ganhar dinheiro fácil. Mentira dele! Ele, jamais, lhe ensinaria o caminho do dinheiro fácil, porque o dinheiro fácil pra ele, não está nos ensinamentos que ele lhe promete, mas sim do valor do curso ou palestra que você e outras vítimas pagam. Ou seja, você paga por uma coisa que nem existe, ou não passa de informações já comuns que são encontradas na internet de graça.

Muita gente acha que é verdade aquele anúncio para mudar de vida do dia pra noite. Acreditam tanto a ponto de pensar que “os outros” é que são bobos de não aproveitar.

Muitas vezes, cair nesses golpes é por puro desespero. A pessoa precisa tanto de dinheiro, que ela acredita nas coisas mais absurdas. Tem tanta coisa aparecendo a cada dia na internet, tantas novidades que ninguém tem certeza sobre o que é sério ou não.

Tem muita promessa que parece que a vida vai dar uma guinada num estalar de dedos, mas, não se esqueça: Dinheiro fácil não existe!

 

Pra encerrar. Antes de comprar qualquer coisa da internet, procure informações negativas e positivas. Não custa nada, acesse o site: Reclame Aqui.

Digite no Google, Reclame Aqui. Por este site eu já desisti de muitos negócios.

Em vários trechos eu me dirijo diretamente a você. É somente força de expressão. Em nenhum momento eu liguei a sua pessoa aos meus exemplos, a não ser como forma de explicar o pensamento. Caso alguma afirmação que fiz lhe diz respeito, ou nada tenha a ver com sua pessoa, simplesmente ignore. É apenas um texto. Qualquer semelhança terá sido mera coincidência.

Meus respeitos – um abraço.


Rádio Jornal – 45 anos

Fiz este texto para um vídeo - assista abaixo

Há 45 entrava no ar a Rádio jornal de Assis Chateaubriand, em AM, amplitude modulada. Era outubro de 1978. A primeira música a ir ao foia música ‘Amigo’, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. As primeiras palavras a ir ao ar, lidas pelo então locutor recém contratado, Clóvis de Almeida: “Rádio Jornal de Assis Chateaubriand, operando na frequência de 1.470 khz -  transmitindo em caráter experimental da cidade de Assis Chateaubriand – Paraná”.

Neste vídeo, o jornalista Clóvis de Almeida conta os detalhes do primeiro ano da emissora em AM, que deixou de existir há pouco tempo, dando lugar a uma emissora de FM.

Clóvis fala dos primeiros patrocinadores e dos primeiros comunicadores. “Todos que participavam do programa Satélite Show ganhavam meio quilo de café. Era uma loucura no telefone, que chegava a bloquear, de tanta ligação ao mesmo tempo”.

Muitos eventos marcaram a presença da rádio jornal com transmissões ao vivo, como nas festas das nações e no desfile anual de aniversário.

Clóvis conta também que a rádio noticiava o que de melhor acontecia. Infelizmente, as más notícias, como as do acidente que matou 25 jogadores de um time de futebol, o incêndio na Prefeitura e vários outros momentos negativos do município.

O jornalista também detalha fatos pitorescos da época, como a dos pilantras travestidos de radialista. “O sujeito vinha de longe, começava a trabalhar na rádio, ganhava a confiança do povo, depois, dos comerciantes, e aí dava o golpe. Comprava tudo o que podia e sumia no mundo. E isso durou por vários anos, por mais que a direção da rádio avisasse que não se responsabilizava por dividas de funcionários. De vez em quando uma loja levava prejuízo e procurava a rádio para ser ressarcida”, conta Clóvis.

Tem ainda aquela famosa história do narrador que, depois de ver que havia gritado gol que não houve, ele disparou: “Disgooooooooooool!

Ao finalizar, Clóvis de Almeida explica que a crônica em vídeo é um relato do período inicial, de outubro de 1978, a outubro de 1979. Os nomes citados são os que registrou na memória, nas dezenas de artigos e em reportagens impressas de jornais e revistas, que guarda em seu histórico.

“A história não tem dono. É sua, é minha, é nossa, é de todo mundo que tenha história e queira contar. Me ajude a contar histórias. Me ajude a divulgar meu canal no Youtube – compartilhe, dá um joinha, se inscreva no canal para ser informado do próximo vídeo” – Clóvis de Almeida – jornalista, novembro de 2023


Viagem no tempo – e na maioneze

 

Voltar no tempo, viagem no tempo, túnel do tempo e tantos outros títulos fazem sinfonias de respostas em filmes, séries, novelas e outros meios de se contar as histórias que povoam as mentes criativas ou simples cabeças curiosas na dúvida que remonta séculos. Afinal, é possível ou não voltar ao passado? E o futuro, será que nos é permitido ver ou visitar o amanhã? Quem sabe, dois ou três amanhãs? E que tal voltar uns 30 anos, mudar o caminho escolhido?

A maioria das mentes não gastam neurônios com esse tipo de ideia, e a razão é presumível: seus neurônios não estão preparados para conexões tão complexas, por isso, a linha de frente de recepção de mensagens, o que chamamos de volta no tempo é a virada da roda no giro do verso. Basta olhar o reflexo da curva que faz o convexo do côncavo circunviral trôpego, após o célebre, redondo e lúgobe bruxuleante galope da mula que não entende uma simples parábola.

Se essas mentes de sinapses lentas, ou seja, em slow motion, não conseguem acompanhar um raciocínio que exige uma complexidade maior que o compreender do por quê a vaca baba, fica difícil explanar uma ideia que fuja da explícita explicação que não passa de uma resposta banal e simplista: Se baba a vaca, é porque cuspir não sabe ela.

Não posso continuar o raciocínio sem antes abrir um parênteses para explicar o que faz da ideia de viagem no tempo uma possibilidade das fórmulas matemáticas apontarem se verdadeiro ou falso. O que dificultam os cálculos são a falta de números aleatórios que nem mesmo o mais adiantado cientista sabe montar. É porque a lógica se baseia nos princípios ativos de quanto pode isolar dois colchetes na fórmula. Todo mundo sabe que, antes de chegar nos colchetes é preciso resolver o que está dentro dos parênteses. Tudo aquilo que vai na chave faz parte da quarta ou quinta linha.

Assim, faz-se mister lembrar que os princípios ativos matemáticos ficaram muito conhecidos com a chegada dos genéricos, porque eles levam o próprio nome da molécula, como o Omeprazol, por exemplo. É nesse preciso momento que a água e os sais minerais são retirados da base de cálculo, próximo à raiz quadrada de 144, através das teias engendradas em flocos em forma de seiva, denominada seiva bruta.

Por meio de uma reação fotoquímica, é ocasionada a transformação da energia de um tipo em outra, que é conduzida pelos canais existentes em torno do que for predominante positivo ou negativo, dependendo do resultado que se obtém nas somas distribuídas pelas divisões que são multiplicadas pela diminuição das fases que sobem ou que descem.

O que se observa também é uma paralaxe, que nada mais é do que o deslocamento aparente de um objeto por conta da mudança do ponto de vista do observador. "Quando você tapa um dos olhos, tem a impressão de que o objeto está em um lugar diferente, mais à esquerda ou mais à direita. Isso acontece por causa da distância dos nossos olhos. E o que determina essa distância é o tamanho da base do nariz. Essa medida é chamada de paralaxe anual, com H, ou heliocêntrica, sem H e com J de relógio. Ela é mais usada para medir a distância de estrelas mais próximas.

Muito importante observar que, no entanto, o processo consome muita energia e os combustíveis fósseis comumente usados nisso ​​contribuem para o aquecimento global, e a salmoura tóxica que produz polui os ecossistemas costeiros.

Então, o melhor é proceder como eu já disse, lá no início: voltar no tempo, viagem no tempo, túnel do tempo e tantos outros títulos, é como observar a fatia de pão que escorrega de sua mão. Conforme a lei de Murphy, vai cair com a manteiga para baixo.

Resumindo, é melhor não passar manteiga, ou melhor, o bom mesmo é não comer pão.

Pra terminar, caso queira saber qual o ponto de ebulição que faz a passagem do tempo no relógio, é só multiplicar a resistência de um fio de cabelo. É o mesmo esforço que se faz para tirar um chiclete colado no chinelo. O cálculo é simples: ve na calculadora aí, quanto dá 5 x 9?

Trinta e oito? É isso, mais 2 do casco, dá 40. Pronto. A base é 40, mais 27 do cimento, temos então 57 quilos de envergadura na proeminência da curva cêntrica. Se pintar de azul, vai destacar o amarelo. Perfeito! Temos aí o valor da velocidade da viagem no tempo, mais conhecida como “um tour na maionese”.

Programa Satélite Show - há 45 anos

Há 45 anos eu estreava na Rádio Jornal de Assis Chateaubriand um programa dinâmico que teria um papel importante na emissora que estava nascendo. Era outubro de 1978.

— O som nasce aqui, e vai subindo, subindo, bate na camada de ozônio e desce, desce, até o seu rádio pra chegar no seu ouvido. Está no ar o Satélite Show!

Boa tarde! Boa tarde pra você de perto, boa tarde pra você de longe.

Boa tarde a mamãe, ao papai, às vovós e a vocês, crianças.

Que seja mesmo uma boa tarde, melhor que a de ontem, mas não melhor que a de manhã, porque cada dia é sempre um novo dia.

Está começando mais uma tarde de comunicação e sucesso. Nós e vocês, vocês e nós, juntos no ar, no até saliteshow.

Sonoplastia do programa é de...

Em seguida, eu dava a ficha técnica, sonoplasta, discotecário, gerente, diretor da rádio, operador de transmissor e até da senhora do cafezinho.

Não vou dizer nomes para não esquecer ninguém. Todos foram importantes no sucesso que fizemos durante muitos anos...

Naquela época, a gente usava muito eco na voz. Quando eu dizia: No ar, o satélite show, o operador, o sonoplasta abria o volume de retorno de um gravador de rolo que fazia eco. E aí ficava, show show show.

Tinha muito fundo musical, sempre com musica animada, que na época eram as discoteques que ditavam o ritmo das música que tocavam no rádio, na televisão e nas casas dançantes. Isso dava um ritmo muito legal. Era como uma pinga pra animar. Uma pilha, uma ligada em 220.

A gente podia até estar triste com alguma merda que a vida sempre nos reserva, mas chegava naquela hora, esquecia tudo... O fone de ouvido mel ligava no ouvinte. Isso fazia com que as participações por telefone me colocasse pertinho dele, ou dela. Era como se estivéssemos numa festa, todo mundo alegra alegre e feliz. Era como hoje no Facebook, onde todo mundo vive uma felicidade eterna, ninguém deve nada, não há conta pra pagar e ninguém é feio. Não havia Facebook nem Instagram, mas o rádio pintava um mundo colorido para espantar as tristezas de quem ouvia e de quem fazia o rádio.

A gente falava de tudo. Eu sempre cumprimentava o ouvinte na abertura do programa com uma alegria que nem sei de onde tirava. Só sei que era sincero, mesmo que estivesse triste.

Tenho um orgulho muito grande de ter usado uma nova maneira de atender o ouvinte ao vivo. Não sei se eu fui o primeiro, só sei que as rádios que a gente ouvia na época, inclusive as grandes rádios, atendia o ouvinte no telefone no ar, perguntando: Alô, quem fala? Eu achava aquilo ridículo, pois o locutor já sabia com ia falar, porque ele falava com o ouvinte antes, ou era informado por um atendente antes dele, que já tinha anotado nome, de onde falava e a música que o ouvinte ia pedir. Então, eu achava uma besteira, falsidade até, perguntar quem estava falando, já que eu sabia quem era. Normalmente eram as mesmas pessoas todos os dias, variava um pouco, mas quando eu atendi a ligação, reconhecia o ouvinte pela voz.

Eu mudei aquilo. Não perguntava quem era, como já estava combinado, eu ia direto: Agora eu vou falar com a minha ouvinte maria, lá do bairro x, alô maria, como vai sua tia! Plagiando o Chacrinha, eu sempre fazia uma rima. E eu não tinha que perguntar que música você quer ouvir, ou como dizem até hoje, qual é a música, sendo que o pedido já está pronto pra ligar play. Eu simplesmente dizia: a música vai pra quem? Quando o ouvinte dizia: ah, quero mudar a música que eu pedi. Eu dava o troco na hora: muda amanhã, que a de hoje já tá rodando. E soltava a música - Era só risada e nunca nenhum ouvinte brigou comigo por causa disso.